PARANOIA ASSOCIADA AO CONSUMO DE DROGAS

PARANOIA ASSOCIADA AO CONSUMO DE DROGAS

A paranoia é um efeito terrível da cocaína.

O indivíduo a usa e entra numa crise persecutória alucinante. Porém mesmo sabendo disso inicia o uso ciente que irá provocar uma sensação medonha e que nenhum prazer oferece.

Essa é a essência da dependência química do álcool e as outras drogas.

Primeiro aparece o efeito prazeroso e, depois, o desprazer.

Com a cocaína, isso é mais intenso. Seu efeito de excitação e de prazer é imediato, ocorre em poucos segundos. Alguns minutos depois, desaparece e surgem os efeitos desagradáveis. Confrontando os dois, prevalece a lembrança dos bons momentos e a pessoa volta a usar a droga. No caso de pacientes de drogas injetáveis, as veias costumam “sumir”, mesmo assim não desiste. Expõe-se ao tormento de dezenas de picadas para obter um único resultado positivo que, em sua balança emocional, compensava o sofrimento anterior.

Os fumantes têm comportamento parecido. Muitos, mesmo com traqueostomia, não deixam de fumar, no álcool, todo prejuízo social, falência, problemas familiares, complicações de saúde, não é suficiente para convencer o alcoolista a parar de beber, pois a memória química e dependência física o obrigam a beber.

É comum observar pessoas que, apesar da insuficiência vascular cerebral, ficavam tontos e caíam no chão quando fumavam, mas não desistiam e logo depois acendiam um cigarro outra vez. É à força da dependência, um fenômeno diversificado cuja essência é a disfunção cerebral provocada por várias drogas e que se manifesta em pessoas de personalidades diferentes. Casos de paranoia também ocorrem especialmente em pessoas que já apresentaram algum problema mental.

Quem tem um surto psicótico e fuma maconha, por exemplo, faz um péssimo negócio, porque se intensificarão os sintomas dessa doença já estabelecidos anteriormente.

No que se refere à cocaína, nem todos que manifestam esses sintomas desenvolverão a síndrome paranoica. No entanto, quando isso acontece, as consequências são desastrosas. Soube de um usuário de cocaína que, em crise, saiu em disparada por uma estrada, foi atropelado e morreu. Há outros que pegam uma arma e disparam a esmo ou pularam de edifícios.

O que é Paranoia?

Paranoia é um estado mental caracterizado por suspeitas excessivas, desconfiança extrema, e a crença irracional de que se está sendo perseguido, observado ou ameaçado.

Relação com Drogas

Diversas substâncias psicoativas podem desencadear sintomas paranoides, especialmente:

• Cannabis (maconha) – Em altas doses, pode causar despersonalização e paranoia.
• Estimulantes (cocaína, crack, anfetaminas) – Aumentam a dopamina, podendo gerar delírios persecutórios.
• Alucinógenos (LSD, MDMA, psilocibina) – Alteram profundamente a percepção da realidade.
• Drogas sintéticas (como “K9” ou “spice”) – Efeitos imprevisíveis, frequentemente associados a quadros psicóticos intensos.

 Como isso ocorre no cérebro?

• Excesso de dopamina em áreas como o sistema límbico está ligado ao surgimento de delírios e alucinações.
• O uso crônico pode desorganizar os circuitos da percepção e do pensamento, gerando crenças irracionais e ameaçadoras.

Sinais de Alerta

• Desconfiança exagerada de amigos ou familiares
• Acreditar estar sendo seguido ou espionado
• Reagir agressivamente a situações neutras
• Isolamento social e comportamento hostil

Consequências

• Ruptura de relações pessoais
• Episódios de psicose induzida por substâncias
• Ato violento em resposta a ameaças inexistentes
• Aumento do risco de transtornos mentais permanentes

Caminhos para a Recuperação

• Interrupção imediata do uso da substância
• Acompanhamento com psiquiatra e psicólogo
• Uso de antipsicóticos, se necessário
• Participação em grupos de apoio (como NA – Narcóticos Anônimos)

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